
A Fundação Brasileira de Teatro
A Fundação Brasileira de Teatro visa ao desenvolvimento do Teatro Brasileiro e das Artes, especialmente no seu aspecto educacional e terá como principais finalidades:
I- Interpretar o pensamento, as aspirações, os reclamos e a expressão cultural e artística do Teatro Brasileiro.
II- Preservar a dignidade profissional do Teatro no Brasil.” (Art. 6º da Estatuto da Fundação Brasileira de Teatro)
"A Fundação Brasileira de Teatro está criada para servir o Teatro. Não ignoro as lutas que vão ser lutadas, nesta hora de confusões e imprevistos. Mas pela força de nossa mútua crença nos ideais que defendemos; de nossa solidariedade nos momentos graves; pela troca e pela dádiva do que houver de melhor em nós mesmos, preservaremos esse ideal que sobreporemos a todas as confusões, a todos os imprevistos. Acreditamos no sonho que se concretiza, no ideal que se faz ação e obra."
(Dulcina de Moraes, 1955, aula inaugural da Academia Brasileira de Teatro)
Estatudo FBT.
Grandes nomes das artes no país assinam como sócios fundadores da fundação:
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Adolfo Celi 
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Antonio Callado 
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Antonio Pereira de Araujo 
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Armando de Assis Pacheco 
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Bandeira Duarte, Bibi Ferreira 
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Brenildo Meirelles Tavares 
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Cacilda Becker 
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Carlos dos Santos Brant 
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Carmen Dolores Caran 
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César Ladeira 
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Conchita de Moraes 
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Dary Hugo dos Reis 
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Dolores Caminha 
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Dniester Marques da Silva 
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Dulcina de Moraes 
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Edith Moraes 
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Elsa Deschatre Longoni 
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Floriano Faissal 
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Genolino Amado 
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Guilherme Figueiredo 
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Heber de Boscoli 
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Henriette Morineau 
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Ismenia dos Santos 
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J.M. Figueiredo Neto 
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Joracy Camargo 
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José Caran 
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José Paulo Moreira da Fonseca 
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Leana dos Reis 
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Leonice Léa Correia Leal 
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Licínio Ferreira Neves 
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Lúcia Benedetti 
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Luciano Trigo 
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Luiz Delfino 
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Luiz Iglesias 
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Manuel Durães 
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Margarita Haydeé Salaverry 
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Maria Clara Machado 
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Maria Jacintha 
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Neide Coelho 
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Odilon Azevedo 
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Oswaldo Motta 
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Paulo Autran 
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Pedro Bloch 
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Raymundo Magalhaes Junior 
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Renata Fronzi Ladeira 
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Sandro Polônio 
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Silveira Sampaio 
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Thereza Cristina Pinto Martins 
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Tônia Carreiro 
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Victor Costa 
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Waldemar Figueiredo e 
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Yara Salles 
O primeiro time de docentes da ABT era de artistas de diferentes linguagens da mais alta representatividade na cena nacional, tais como:
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Adolfo Celi 
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Bandeira Duarte 
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Cecilia Meireles 
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Dulcina de Moraes 
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Elsie Lessa 
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Eduardo Laeffler 
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Gilberto Amado 
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Hector Henriques 
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Henriette Morineau 
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Henrique Oscar Silva Araújo 
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João Cabral de Melo Neto 
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José Carlos Lisboa 
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José Paulo Moreira da Fonseca 
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Josué Montello 
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Junito Souza Brandão 
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Ledo Ivo 
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Luciano Trigo 
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Margarida Bandeira Duarte 
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Maria Clara Machado 
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Renato Alvim Correia 
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Roland Corbisier 
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Adonias Filho 
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Alceu Amoroso Lima 
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Ataíde Coutinho 
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Guerreiro Ramos. 
Durante treze anos seguidos a FBT funcionou no Rio de Janeiro, formando alguns dos mais importantes atores, diretores, cenógrafos e críticos do teatro Brasileiro tais como: Rubens Corrêa, Ivan de Albuquerque, Yan Michalski, Cláudio Corrêa e Castro, João das Neves, Françoise Fourton, Irene Ravache.

Em 1955 tem início a Fundação Brasileira de Teatro, no Rio de Janeiro. Mantidas pela FBT inauguram-se à época Academia Brasileira de Teatro, que futuramente se convertera na Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, e a Associação Brasileira de Teatro.
Dulcina de Moraes, sua vinda e permanência
no Distrito Federal
No final dos anos 60, à época da recém-inaugurada Brasília, Dulcina começa e ser incentivada por personalidades como Darcy Ribeiro e Sarah Kubitcheck a transferir sua fundação para a nova Capital. A iniciativa, cercada de lendas, como Dulcina ter sonhado com uma cidade de terra vermelha e ter, aleatoriamente escolhido o local do terreno do edifício da fundação fechando os olhos e apontando o dedo no mapa, rendeu anos de árduo trabalho até sua completa realização. A atriz vende seu teatro e sua casa no Rio e doa todo seu dinheiro para a construção do edifício que até hoje abriga a Fundação Brasileira de Teatro e suas principais instituições por ela mantidas, a Faculdade de Artes Dulcina de Morais e o Teatro Dulcina no Setor de Diversões Sul, centro de Brasília. Dulcina muda-se para a nova capital federal em 1972.
O prédio todo da Fundação é esboçado por Oscar Niemeyer e desenvolvido por Ítalo Campofiorito, Luís Maria Xavier e Peri Rocha França.
A Faculdade de Artes Dulcina de Moraes, evolução direta da Academia, seria inaugurada 10 anos após a chegada de Dulcina ao DF e forma artistas e técnicos de teatro e artes visuais desde 1982.
Dulcina de Moraes faleceu em 1996 e a Fundação Brasileira de Teatro permanece ativa, firmando sua vocação de um espaço de formação em arte e promovendo cultura.



